Ghiyath al-Kashi
Ghiyāth
al-Dīn Jamshīd ibn Masʾūd al-Kāshī (persa) (c. 1380 — Samarcanda, 22 de junho de 1429), também conhecido como Ghiyaseddin Jamsheed Kashani ou Al-Kashi, foi um matemático e astrônomo persa a quem é atribuído o desenvolvimento do teorema
lei dos cossenos e a
realização do cálculo da constante 2π com 9 dígitos sexagesimais
de precisão. Foi considerado o Segundo
Ptolomeu
Com o domínio dos Sassânidas, reis persas que
governaram a mesopotâmia (Ciro e Xerxes), esta recuperou sua posição central ao
longo das rotas comerciais, visto que sob o domínio romano e heleno haviam
perdido. Não há muitos registros Sassânidas desta época. O que se sabe que era
uma cultura muito rica, haja visto o conto “Mil e uma noites” de Omar
Khayyam.Depois da conquista árabe, em 641 teve origem Bagdá, em substituição à
babilônia, que havia desaparecido. A matemática do período islâmico revela a
mesma mistura de influências que se tornaram familiares em Alexandria e na
Índia.A matemática e a astronomia foram grandemente incentivadas pelos califas
de Bagdá: Al-mansur (754-775), Harun Al-raschid (766-809) e Al-mamun (813-833).
Este último organizou em Bagdá a “casa da sabedoria”, composta de uma
biblioteca e um observatório.As atividades matemáticas árabes começaram com a
tradução dos Siddanthas hindus por Al-Fazari e culminaram com uma grande
importância com Muhammad Ibn Musa Al-Khwarizmi, por volta de 825. Ele escreveu
vários tratados sobre matemática e astronomia. Estes tratados explicavam o
sistema de numeração hindu. A europa ficou conhecendo este sistema de numeração
graças a uma cópia latina do século XII, visto que o original árabe se perdeu.
A astronomia de Al-Khwarizmi era um resumo dos Siddanthas, o qual mostrava uma
influência grega nos textos sânscritos.Convém ressaltar que a palavra “álgebra”
vem do árabe “al-jabr”, que siginifica “restauração”.Os árabes tiveram um papel
muito importante na história da matemática, pois eles traduziram, fielmente, os
clássicos gregos (Apolônio, Arquimedes, Euclides, Ptolomeu e outros). Estes
clássicos estariam perdidos para nós sem os árabes, visto o fechamento da
escola de Atenas por Justiniano.Outro matemático brilhante foi Omar Khayyam.
Ele escreveu uma álgebra que continha uma investigação sistemática de equações
cúbicas, utilizando a interseção de duas seções cônicas. Jemshid Al-Kashi,
matemático Persa resolveu equações cúbicas por iteração e por métodos
trigonométricos, e também pelo método conhecido hoje como “método de Horner”.
Este método tem uma forte influência chinesa, o que nos faz pensar que a
matemática chinesa da dinastia Sung havia penetrado profundamente no mundo
islâmico. Por tudo isto, ressalta-se a importante influência do povo árabe na
matemática. Convém ressaltar, também, que os muçulmanos ao expandir o islamismo
cometeram um dos maiores crimes contra a humanidade. Após a queda de Alexandria
frente aos muçulmanos, o califa mandou queimar todos os manuscritos encontrados
na biblioteca (cerca de 600.000) argumentando que: “se constam do alcorão não
precisam ser guardados e se não constam são inúteis”. Conta a lenda que os
escritos alimentaram as caldeiras dos banhos durante seis meses.É preciso
lembrar, também, o papel das cruzadas. Com as cruzadas a Europa cristã teve,
novamente, contato com a matemática grega, traduzida para o árabe. Isto veio a
influenciar muito a Europa medieval e serviu como fonte para o desenvolvimento
da matemática durante a idade média.
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